Várias criticas foram feitas à ideia de que a indústria cultural estaria destruindo nossa capacidade de discernimento. Isso se dá pela prática do convencimento feita portal indústria, processo pelo qual foi estudado pelo pensador italianoAntonio Gramsci chamado de hegemonia compreendido comode dominação das classes dominantes e seus aparelhos hegemônicos (livros, jornais, escolas, música, etc.)focamos aqui na televisão.
Como o tempo, várias formas de mídias foram se desenvolvendo e com isso foi atingindo cada vez mais as pessoas. Nos tempos antigos, quem dominava o poder da fala (retórica) tinha mais chances de ter seus objetivos políticos ou financeiros através da manipulação e influência das pessoas (o que basicamente não mudou muito).
A população de um modo geral acaba tendo menos tempo para si mesmo e a rotina sempre mais apertada, poucos tem tempo para descansarem. Chegando em casa a primeira atitude a tomar é ligar a TV, logo o diálogo fica comprometido, e não só o diálogo mas a construção da própria opinião e crítica dos fatos que ocorrem a sua volta.
Dessa forma a mídia passa a dar uma critica pronta aos seus telespectadores, sem a necessidade deles pararem para analisar aquilo que veem, mas sim aceitam a crítica que lhe dão não percebendo que é isso que a mídia quer.
A televisão é uma grande formadora de opiniões e que está passando nela sempre vira moda, pois ,as pessoas já querem imitar o que é um sucesso na 'telinha' e querem exercer no seu mundo também. Certamente este meio de comunicação tão utilizado de nosso século exerce um papel fundamental em nossas vidas, ela define de alguma forma o que é importante e o que não é como o gosto, a sexualidade, a opção política, o desejo de consumo e outros sentimentos são promovidos pela influência da TV.
Essa influência pode ser facilmente vista nas conversas do dia a dia, onde se observa a frequente adoção de gírias e expressões criadas por personagens dos programas de maior audiência.
É também possível de observar nos jovens espectadores de Malhação, o quanto se cria formas de identificação entre eles, mesmo não se enquadrando nos tipos narrados. Eles afirmam isso, pois dizem que os adolescentes das novelas passam por aquilo que eles também passam e que os 'adultos' não entendem.
É exatamente isso que a mídia quer uma forma de os telespectadores se identificarem com personagens narrados, falar com eles, buscando um aprendizado a respeito de nós mesmos, da vida que levamos.
O mundo maravilhoso e sem diferença esta presente nos programas de televisão, que mostram guerras, mortes, miséria e opressão de outros povos, nunca do nosso e como que isso sempre foi assim e inútil mudar oque já está ali.
Assim além de ser uma fonte de entretenimento é um elemento de formação de pessoas e até gera um novo tipo de ser humano. Isso se baseia na observação de que crianças em varias partes do mundo passam horas em frente da televisão antes mesmo de saber ler e escrever, onde se centraliza apenas a capacidade de 'ver', o ver sem entender. Uma maneira bem pensada de dominar sem o outro perceber que esta sendo dominado.
Vídeo representando a influência que a TV tem sobre as pessoas:
Vídeo representando a Contra Hegemonia:
Temas como homossexualismo, direitos da mulher, preconceito racial, a violência e os direitos de necessidades especiais, tornam-se objetos de discussão pela população porque as telenovelas os colocam em pauta. Podem até ser um pouco superficiais e não levam a uma critica mais ampla da sociedade, mas são importantes por falarem sobre eles do que ficarem em silêncio.
Numa perspectiva de enfrentamento ou de resistência, pode-se pensar na possibilidade de haver um processo de contra hegemonia, ou seja, grupos de intelectuais que defendem seus interesses, mesmo que pequeno, ocorrendo dentro e fora da indústria cultural. Nas empresas há trabalhadores que desenvolvem suas atividades nos meios de comunicação e que procuram apresentar criticas ao que se faz na indústria cultural. Fora dessas empresas, há intelectuais que, individualmente ou em grupo, criticam o que se faz na televisão, no cinema e em todas as áreas culturais. Outros procuram criar canais alternativos de informação sobre o que acontece no mundo, desenvolver produções culturais não massificadas ou manter canais de informação e critica constante em sites na internet.
Uma boa alternativa para melhorar pelo menos um pouco a programação da televisão seria a concessão de canais para centrais sindicais, Organizações não governam em tais (ONGs) e outras instituições de caráter público que pudessem transmitir informações e cultura.
Ora, uma das preocupações da sociologia é formar indivíduos autônomos, que se transformem em pensadores independentes, capazes de analisar o noticiário, as novelas da televisão, os programas do dia a dia e as entrevistas das autoridades, percebendo o que se oculta nos discursos e formando o próprio pensamento e julgamento sobre os fatos, ou, que tenham a capacidades de fazer suas próprias perguntas para alcançar um conhecimento mais preciso da sociedade à qual pertencemos.
Referências:
*Sociologia para o ensino médio/Nelson DacioTomazi-São Paulo: Saraiva: 2010
*http://www.guiagratisbrasil.com/como-a-televisao-influencia-a-vida-das-pessoas/
Por:
Anabel
Fabiana
Tainara
Está bem legal meninas, gostei da forma como vocês exploraram a questão, mas ainda precisava de revisão, tem alguns problemas de clareza e até de ortografia. A intenção foi muito boa.
ResponderExcluirNota:14
Meninas, nao entendi a 2º propaganda como contra hegemonica, talvez, tenha faltado clareza do proposto, nao é?
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